Projeto humanitário leva estudantes e professores de medicina à região ribeirinha de Prainha

Expedicionários do Noroeste paranaense vão realizar consultas e pequenas cirurgias à população que vive às margens do Rio Amazonas. Expedicionários do pr...

Expedicionários do Noroeste paranaense vão realizar consultas e pequenas cirurgias à população que vive às margens do Rio Amazonas. Expedicionários do projeto Humanika retornam ao município de Prainha (PA) com serviços médicos gratuitos Projeto Humanika / Divulgação Uma equipe de 3 médicos e 25 estudantes de medicina de Campo Mourão (PR) vai prestar serviços humanitários de saúde aos moradores que residem no município de Prainha, oeste do Pará, que vivem em situação de vulnerabilidade social. Parte dos expedicionários embarca do aeroporto Afonso Pena (Curitiba), neste sábado (23), com destino a São Paulo (Guarulhos). A viagem de avião segue até Santarém, oeste do Pará, onde eles encontram o restante do grupo – que virá de outras localidades – e todos seguem juntos num barco alugado até os vilarejos de Boa Vista do Cuçari e Itamucuri, às margens do Rio Amazonas. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp A viagem toda deve levar cerca de 20 horas e a distância percorrida entre Campo Mourão (PR) e Prainha (PA) será de 3.386 km. O grupo fica nas comunidades ribeirinhas até o dia 3 de dezembro, quando retorna ao Paraná. “O objetivo é ajudar as pessoas a ter mais qualidade de vida. Como a região é de difícil acesso, grande parte dos moradores não têm acesso a saneamento básico, a energia elétrica, a serviços de saúde e muitos deles nunca falaram com um médico”, explicou o urologista, coordenador da expedição e professor do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Eufânio Saqueti. Pagando do próprio bolso Essa é a terceira vez seguida que os expedicionários paranaenses vão fazer esse trabalho voluntário na região Norte do Brasil. Ao longo de 10 dias, a equipe pretende realizar 1.400 consultas ambulatoriais, fazer 60 pequenos procedimentos cirúrgicos (vasectomias, retiradas de hérnias, lipomas e drenagem de cistos sebáceos), distribuir medicamentos e materiais para atendimentos emergenciais. Em todas as edições da expedição é realizada entrega de medicamentos Divulgação Para isso, eles estão trazendo 10 mil cápsulas de comprimidos, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos - entre outros itens - que eles mesmos compraram e arrecadaram em hospitais e clínicas particulares ao longo do ano. Todas as caixas foram embaladas de acordo com as normas vigentes para preservar a qualidade dos insumos e medicamentos. Os custos da viagem com passagens aéreas e alimentação também estão sendo pagos pelos próprios voluntários. Cada um deve desembolsar cerca de R$ 4 mil para essa expedição. Projeto humanitário Os trabalhos dos médicos e estudantes paranaenses fazem parte do Projeto Humanika (@projetohumanika), fruto de uma parceria com a ONG Amazônia Canaã, que já atua na região Norte do Brasil há aproximadamente 25 anos e leva atendimento clínico e odontológico de maneira gratuita aos ribeirinhos. “Eu já atuava por conta própria, de forma voluntária. Depois de um tempo, surgiu a ideia de levar um grupo de estudantes para ajudar. Ao falar com os acadêmicos de medicina, eles abraçaram a causa imediatamente”, contou Saqueti. Atendimento a moradora de comunidade ribeirinha de Prainha Divulgação Desde que esses trabalhos começaram em 2022, 8 médicos e 70 estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR) já participaram dessas ações, realizaram 2.400 consultas ambulatoriais, 310 pequenos procedimentos cirúrgicos e distribuíram mais de 20 mil medicamentos e materiais para atendimentos emergenciais. “Infelizmente, o acesso aos cuidados de saúde é extremamente precário nesta região do Pará. Isso dificulta a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças. Nossa missão é promover acesso clínico a essa população ribeirinha. Estamos comprometidos a fazer a diferença na vida dos que mais precisam”, concluiu o urologista Eufanio Saqueti. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região